Comédia Romântica, Índios e Desenho Animado
Estou me sentindo frágil, delicada, desprotegida. Sonhei que a mãe iria viajar e eu tinha um medo enorme de ficar sozinha em casa. Muito estranho, pois eu sempre curti a pseudo solidão. No sonho tudo se resolveu bem, depois de mil confusões e tal , no melhor clima comédia romântica. É isso, estou em um dia de mocinha de comédia romântica. Eu não costumo me identificar com isso, inclusive, não gosto das mocinhas de comédia romântica. Elas, geralmente, são burras demais e frágeis demais. A sensação é diferente, não é a primeira vez que a tenho, mas ela é bem rara. Fragilidade não é o meu forte, hihihi. Não sei conviver muito bem com ela.
Tudo bem, há alguns anos já me disseram que não sou a She-ra. Devo dizer que fiquei chocada com a descoberta, afinal, era tão interessante ser a imbatível defensora dos fracos e oprimidos. Conviver com a idéia de que sou humana as vezes é complicado, mas tenho feito progressos, eu acho. Já aprendi que não posso defender todo o mundo o tempo todo, leia-se todos os que eu amo.Viram, não me acho mais a heroína perfeita. Entretanto, não aprendi a conviver com a idéia de que posso ser falível e que, vez por outra, posso precisar dos outros e que as atitudes alheias podem e devem interferir na minha vida. . Conviver com a idéia de que não posso me defender dos outros o tempo todo coloca em xeque muitas coisas.
Há anos discutimos o meu forte apache. A minha barreira sólida contra qualquer pessoa que pudesse se aproximar demais. Era só detectar o “inimigo” e dele flecha nele. Todavia, nunca consegui mexer muito bem com situações em que o inimigo já havia tornado-se cúmplice e tinha entrada e saída liberada no meu território. Ou seja, quando sabemos o inimigo conseguimos nos defender, mas quando não existe o detector como fica? Não sei, é uma experiência nova, pois estou determinada a não fugir, a não dar flechadas ao leu acertando parte da população e destruindo a minha comunidade inteira. Prometi para mim mesma que correrei o risco, é algo que preciso aprender a lidar. Apesar da desproteção frente a situação estar me deixando frágil. Enfim, vamos lá, né? Ninguém disse que seria fácil.
2 Comments:
(continuo sem acentuacao)
admito ter me assustado um pouco com o tamanho do texto e relutado para comecar a le-lo, mas uma vez que comecei nao consegui parar por ter me identificado tanto.
tambem nao gostei quando disseram-me que nao era a she-ra, mas hoje em dia vejo que sou (continuando a analogia bizarra). she-ra era humana, sempre estava la para seus amigos, tinha medo de he-man pelo impacto que ele causava nela, ela era doce e meiga, mas forte e corajosa, honesta sempre, mas ficava triste por nunca conseguir derrotar o grande vilao, que sempre fugia. A diferenca principal entre she-ra e eu, atualmente, e que pode ser defeito em meu carater, eh que nao consigo ver quaisquer tipos de inimigos a minha frente (sim, inimigo foi uma metafora ou hiperbole ou qualquer figura de linguagem dessas) mas serio, eu consigo prever quem aproxima-se de mim com o intuito de machucar-me, e acho que todos o fazem, temos esse sexto sentido. Eu apenas opto por nao afastar-me dessas pessoas, propositadamente (sim, sou idiota). Acho que tenho a esperanca de muda-las e mostrar que elas podem ser diferentes, que podem ser tao humanas e lindas quanto nos, she-ras desse mundo tao cao.
(desculpa ter escrito um comment maior que seu post, prometo ser mais sucinta next time)
Bem, acredito q lendo esse post me lembra cafés, cigarros (teus) e muitas e muitas garrafas de vinho. Creio que nossos medos de tudo isso já foram batidos, debatidos e rebatidos de td forma possível, e nunca se chegou a uma conclusão. Mas hei de discordar da amiga que escreveu antes de mim: A She-ra era irmã do He-Man, como vimos em apenas um episódio; ela tinha medo dele? Claro! Olha o tamanho dele, e olha o que irmãos mais velhos fazem com irmãs que se vestem de paquitas e saem correndo de mini saia na frente dos amigos dele!!! Ou agenciam, ou cagam a pau!
Quanto ao forte apache, acho bom evitar as flechas e tudo mais: ja ta dentro. Por mais que tu consiga retirar, ja invadiu. Não é mais 100% teu, só teu! Nem catapulta adianta, querida! E essa é a piadinha da comédia romântica: não tem volta! Mesmo que tenha em seus pontos táteis, no seu ponto emocional não tem retorno.
Nessa hopra complemento com um delicioso dedo na cara e um "hahá! Te fodeu!!!! "
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